Todos nós já passamos por
alguma situação de mudança: seja quando mudamos de nossa casa ou mesmo de
escola ou turma, um professor dizendo que está saindo da escola, talvez um
corte de cabelo diferenciado, um amigo que se muda da cidade ou até mesmo uma mudança
comportamental que julgamos necessária.
Às vezes a mudança
acontece sem que possamos perceber a transição e só nos tocamos quando a
alteração é perceptível e pensamos “como fulano mudou”, “como você está
diferente”.
Nossa reação diante a mudança nem sempre é a mesma. Podemos ficar empolgados ou até mesmo receosos
com o que virá pela frente, tudo depende do grau da mudança, do efeito que ela
trará em nosso cotidiano. A mudança de um vizinho pode ser mais fácil e rápida
de ser adaptada em relação a mudança de um amigo.
Há mudanças que ocorrem
mesmo que não queiramos que aconteçam: obviamente, nós as enfrentamos e,
eventualmente, as aceitamos, mas é inquestionavelmente difícil para nós.
Sofremos com isso porque
não estamos preparados para alterar nossa realidade confortável. Como seres
humanos, somos condicionados pelo hábito; nos acostumamos às coisas. Não
gostamos de nos adaptar a novos ambientes; aceitando diferentes professores,
amigos, vizinhos.
Nossa “zona de conforto”
não passa de um desejo do cérebro por precisão e clareza. Quando seguimos uma
rotina, tudo parece simples e sensato. Somos avessos à incerteza. E qualquer
mudança traz imprecisão, ambiguidade e abstração à equação da nossa vida. Não
gostamos de matemática complicada. Então, abominamos a mudança.
Normalmente,
procrastinamos às mudanças, sempre as guardando para outro dia. É claro que
queremos organizar estudos, gerenciar o tempo, fazer amigos, se destacar no
esporte, comer de forma saudável e ser pessoas melhores. Geralmente, a maioria
das pessoas espera pelo Ano Novo para prometer melhorar-se de alguma forma ou
até mesmo esperam pela segunda-feira para iniciar uma nova rotina. Usam do
tempo para prometer a si mesmos que irão se adaptar, assimilar e acomodar às
pessoas, situações e seu próprio corpo e mente. Com razão, mudar a nós mesmos é
a chave para aceitar novos ambientes e todas as novidades que elas trazem.
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